Gustavo Cerbasi

Sete erros a evitar em 2017

Sete erros a evitar em 2017

Neste ano que começa cheio de feriados prolongados, dedicar um pouco de tempo para seu planejamento pode render bons frutos na conta

GUSTAVO CERBASI
30/01/2017 - 08h00 - Atualizado 30/01/2017 08h00

Um dos votos mais enfaticamente trocados no fim de ano foi “muito dinheiro no bolso em 2017!”. Pudera... no Brasil, não se aguenta mais falar de crise. Problemas financeiros normalmente são evitados ou minimizados quando estamos preparados para eles. Os problemas que muitos brasileiros vivem com suas finanças decorrem da insistência em manter maus hábitos. Em 2017, sugiro que você mude alguns hábitos.

A tradição recomenda pular sete ondas na passagem do ano para ter sorte no ciclo que se inicia. Há quem acredite por fé ou costume, há quem não veja sentido nesse tipo de superstição. No meu papel de educar para que boas escolhas sejam feitas, prefiro trazer aqui sete orientações – não para dar sorte, mas para eliminar de sua rotina problemas que muitos costumam rotular de azar.

O primeiro erro a evitar é parcelar compras no início do ano. Por mais que pareçam vantajosas e caibam no orçamento, as compras parceladas nos tiram a liberdade de escolha futura. Preços continuarão subindo no ano novo, e a melhor maneira de não estar exposto a imprevistos é manter o orçamento flexível, sem excesso de parcelas a pagar, comprando à vista apenas quando o dinheiro permitir.

O segundo erro a evitar é deixar a declaração de Imposto de Renda para o fim de abril. Ao encerrar-se o ano, já temos condições de reunir todos os documentos necessários à entrega da declaração. Deixar para a última hora pode fazer com que esqueçamos de incluir informações ou que não tenhamos tempo para uma boa revisão da declaração. Para evitar multas e a malha fina, organize tudo antes e deixe a declaração já pronta no início de março, mesmo que você tenha intenção de entregá-la no final de abril. Acelerar a entrega é vantajoso para quem quer pagar dívidas com a restituição ou investi-la.

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Terceiro erro a evitar: não deixe dinheiro parado na conta. Como ainda temos os juros brasileiros entre os mais altos do mundo e uma inflação significativa, dinheiro parado é um desperdício de ganhos. Não vai usar por alguns dias? Aplique! Mas não cometa o quarto erro: investir na poupança. Ainda em razão dos altos juros, fundos de renda fixa, títulos públicos e CDBs continuam as opções mais rentáveis, mesmo com a incidência de todos os custos e impostos.

Quinto erro: não pague juros no cheque especial. Sexto erro: não pague juros no crédito rotativo do cartão de crédito. Percebeu que vai entrar no vermelho, solicite um empréstimo ou venda algo que possui, para fugir dos juros elevadíssimos e inexplicáveis.

Obviamente, para perceber com antecedência que está para entrar no vermelho, você deve deixar de lado o sétimo erro: destinar pouco tempo para se organizar. Neste ano que começa cheio de feriados prolongados, dedicar um pouco de tempo para seu planejamento pode render bons frutos na conta. Sucesso!

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